Três contos sobre ofertar presentes podem nos dizer muito sobre o Natal.
Pensar o Natal como uma auditoria da nossa conduta no último ano e um ajuste de caminho para o ano vindouro o torna uma data sempre presente, e não um feriado no qual se come muito e se trocam presentes.
O fenômeno coach é idêntico à teologia da prosperidade 2.0, prometendo sucesso material aos seguidores, esbanjando luxo e imagem de riqueza, e garantindo a eficácia através de testemunhos pontuais. Será que esse glamour resiste a um olhar crítico?
Há um abismo entre vivermos juntos e apenas dividirmos o mesmo ambiente. Os grandes feitos da humanidade foram possíveis porque vivemos juntos, vimos e fomos vistos, ouvimos e fomos ouvidos. Por outro lado, onde a humanidade viveu apenas ocupando um espaço nada foi criado além do medo e da desconfiança.
Se alguém nunca usou essa expressão, pelo menos já ouviu falar que “quem não deve, não teme”, referida mui comumente para justificar uma “pré-culpa” de quem se recuse a ter sua privacidade violada. Afinal, se quem não deve, não teme, só quem deve é que tem motivo para temer. Certo?
As notícias ruins, que estimulam a tristeza por si só, são potencializadas e capitalizadas por grupos e pessoas a serviço do desespero. Não caia nessa.
O Judiciário combate o crime quando é independente e imparcial na aplicação da lei, mas para os criminosos convém dizer que esse combate sempre será desleal.
Você pode acreditar que está mudando o mundo, mas está só servindo de bateria para o sistema que realmente o muda.
É melhor passar vergonha com as próprias forças do que seguir na claque eterna aplaudindo as vergonhas alheias.
Em janeiro de 2019 escrevi um artigo que não lembro de ter publicado sobre a importância do símbolo na vida do magistrado e do advogado e a relevância espiritual e psicológica desses elementos que apresento agora, dois anos depois.
Censura ao presidente dos EUA, duplipensar ético dos donos das redes sociais, banimento de aplicativos alternativos e patrulhamento ideológico. O que está acontecendo?
A violência no Brasil é uma realidade que aparece apenas no anonimato frio das estatísticas. O criminoso é o protagonista que se apresenta sobre um palco construído com sangue e lágrimas das vítimas e seus parentes. Ninguém olha o palco, mas todos concentram sua atenção em Sua Excelência, o réu.
Quem conhece a história do moleiro e do rei, já parou para pensar que não basta um juiz para conter um déspota?
A ficção nos inspira e nos ensina. Será que a série Guerra nas Estrelas poderia falar também sobre golpes ditatoriais e resistência?
Uma prisão sem grades da qual não se pode escapar. Esse é o condicionamento mental e o patrulhamento ideológico que limita o acesso a uma carreira profissional, aos estudos e até ao uso das redes sociais. A padronização cultural pode ser um gulag?
Se não há alma, tudo é permitido: todo desejo, toda torpeza. Só não é autorizado amar a Cristo.
Se fazer justiça é apenas repetir a lei, os juízes podem ser substituídos por máquinas. Mas não estaria a justiça oculta por trás da letra fria?
Cristão devotado, Tolkien em sua obra aponta a importância do bem e das virtudes: amor, coragem, lealdade, amizade, justiça, compaixão, mas, acima de tudo, fé. Mas qual seria o valor da fidelidade?
O Direito é um curso conservador, por mais que isso irrite aos flocos de neve revolucionários, porque só existe enquanto se perpetua e segue suas regras.
Não há antagonismo entre profissões, mas entre o bem e o mal. Nessa luta, de que vale um feiticeiro que não encanta armas ou armaduras?
Em um regime democrático diz-se que todos são iguais. Nesse caso, a quem competiria limitar a liberdade de expressão do outro? Com base em quais parâmetros? Seria melhor admitir mais liberdade, mesmo com o risco das mentiras e ilusões, do que um controle do discurso?
O Iluminismo, grosso modo, trouxe dois grandes presentes em sua caixa de Pandora: a ideia de que Deus não existe e é só um mito de mentes obscuras, e a de que a humanidade pode tudo com sua potência de animal racional.
É preciso, antes de tudo, admitir que odiar é um prazer. Se alguém pudesse transformar o ódio em substância e vendê-lo, teria a mais viciante, mais intoxicante poção que a humanidade já viu.
Com a pandemia e o recolhimento, fazendo com que a Natureza volte a um estado menos perturbado em razão da ausência humana, virou moda dizer que o vírus é o homem. Faz sentido?
Educação não é fraqueza. Fraqueza é tratar os outros a coices e esperar ser respeitado. Você pode mandar sem chicote, pode discordar sem agressão, pode até dizer que o outro está errado sem feri-lo.
Imagine um país no qual a truculência e a burocracia de uma oligarquia oprimisse um povo e a frase mais ouvida fosse: "você sabe com quem está falando?".
Há dias em que não dá para ser produtivo. Quem já ficou muito doente ou cuidou de alguém assim, quem foi vítima de injustiça ou só quem se cansou sabe que às vezes a maior vitória é chegar ao fim do dia.
Em 2017 publiquei esse artigo acadêmico sobre liberdade de expressão e seu valor democrático.
Ninguém é imune aos bombardeios da vida. Qual a solução possível?
O capitalismo não é frágil porque não pode ficar parado sob pena de colapso. A vida é que demanda movimento, e somente o trabalho gera bens e circulação de riquezas.
Dizer que existe uma decisão fácil entre a quarentena e a economia é, ou delírio, ou oportunismo. As variáveis são inúmeras e a decisão trágica deve prever o que trouxer menos prejuízos.
O ser humano em uma sociedade próspera pode se dar ao luxo de "matar a Deus" e considerar-se imortal. Mas e quando chega a tragédia?
Generalizar nunca é bom, especialmente quando se trata de atacar um grupo de pessoas cujo trabalho é proteger e servir.
O juiz de garantias chega ao Brasil, aparentemente, sem planejamento. Alguém já pensou no custo humano e financeiro dessa medida?
Além das críticas às ofensas, quem professa o cristianismo deve sempre se perguntar o que tem feito para propagar a fé pelo exemplo.
O Judiciário não faz política, nem assistência social. Se esse poder não estiver lá para garantir a estabilidade das leis, quem estará?
Ouvir acerca de Cuba sobre quem lá nasceu e escolheu fugir para a liberdade, encontrando no Brasil quase que mais do mesmo.
A voracidade dos criminosos não possui limite: já não se contentam em ter tudo, querem humilhar e subjugar cada pedaço do que nos faz humanos, querem reduzir todos ao mais degradante nível de submissão aos seus desejos.
Reflexões sobre como o atual filme do Coringa mostra um perigoso relativismo moral voltado ao egoísmo.
Rosa Parks (1913-2005) ensinou que, diante da injustiça, a justiça não deve recuar, nem responder com violência. Como ver a nova Lei de Abuso de Autoridade?
O crime venceu dentro da legalidade. Há lei no Brasil, mas não há JUSTIÇA.
Qualquer ação não deve ter por objetivo agradar alguém, mas fazer a coisa certa.
Algumas considerações sobre o filme "A forma da água" (the shape of water) para fora da dicotomia política.
Sob a alegação de abuso de autoridade ameaça-se colocar no banco dos réus os juízes, promotores e policiais que ousarem aplicar a lei.
Para a população não interessa mais o discurso da "aristocracia intelectual" brasileira, querem que a lei tenha efeito, a Justiça se faça presente e que a impunidade não seja mais a regra no país.
Muito se discute se os juízes combatem ou não o crime no exercício de suas funções. É de se perguntar o que os criminosos pensam sobre isso.
O menino Rhuan foi morto por ser quem é, e não quem queriam que ele fosse. Seu martírio, por mais triste, deve ser alvo de reflexão.
A forma como a propaganda reforça nossas ideologias, desejos e preconceitos nem sempre é percebida. Um convite à reflexão em tempos de julgamentos sumários.
Na data em que se comemora o Dia-D, operação dos Aliados contra o Eixo na Segunda Guerra Mundial, é sempre bom lembrarmos o valor da liberdade.
A prática do aborto no Brasil é tratada sem a seriedade necessária e sem a análise de elementos sociais e do próprio vínculo da realidade. A sua liberação impensada tende, ao contrário do que defendem alguns, a manter a mulher na submissão. Texto de agosto de 2018.
“Não se esqueça de que é errado comer suas crianças”. Essa é uma frase de um cartaz da antiga União Soviética, possivelmente da década de 1930, lembrando aos pais que não é certo comer seus filhos, por mais que tenham fome. Texto de agosto de 2018.
Em 2016, a tentativa de calar os juízes independentes era grande com o projeto de abuso de autoridade. O quanto isso mudou em 2019?
Qualquer sociedade se erige primeiro em deveres, para depois conseguir garantir os direitos. Se os primeiros não forem praticados, os segundos com certeza não estarão garantidos.
Enquanto o réu e o condenado são celebrados, as vítimas e seus parentes são esquecidos durante e após o processo judicial. Isso precisa mudar.
Um dos maiores vícios do Brasil é resolver problemas apenas no papel. Cinco milhões de leis dormem sem ação em um país que todo dia pensa em novas normas.
Liberdade de imprensa é essencial para qualquer democracia, e cabe ao Judiciário resguardar esse direito no interesse da nação.
O que aconteceria se o "politicamente correto" invadisse de vez os tribunais?