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A ECONOMIA, A PANDEMIA E A LIÇÃO DE CHURCHILL

Eduardo Perez
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A ECONOMIA, A PANDEMIA E A LIÇÃO DE CHURCHILL

Dizer que existe uma decisão fácil entre a quarentena e a economia é, ou delírio, ou oportunismo. As variáveis são inúmeras e a decisão trágica deve prever o que trouxer menos prejuízos.

O dilema do Ocidente diante da pandemia chinesa encontra-se na necessidade de resguardar a vida dos cidadãos e ao mesmo tempo evitar o colapso econômico que levará à recessão e à miséria, com o fechamento de empresas, o desemprego e a carestia.




Mesmo sendo algo complexo, a economia possui algumas lições básicas que são fáceis de serem entendidas por qualquer pessoa. A primeira delas é que a única coisa ilimitada é a estupidez humana. Os recursos que existem no mundo material são todos escassos em maior ou menor grau, e é por isso que conseguimos ter, por exemplo, um sistema monetário validado pelo estado e reconhecido por outros estados soberanos.


Ninguém em sã consciência estabeleceria a folha de árvore como moeda de troca, porque, enquanto folha de árvore tem em demasia, aquele porco que você engordou, aquele cavalo que você cuidou, aquela alface que você cultivou, são muito mais escassos. Então é preciso existir uma equivalência de troca, tal qual “te ofereço três porcos por sua vaca”, ou então um sistema monetário que traduza isso em valor, em quantia, como “uma vaca vale sete moedas de cobre e uma de prata”.


Qualquer criança que jogue RPG, seja de mesa, seja de computador, sabe como funciona isso.


E por que, se é tão óbvio, é preciso dizer isso?


Porque os adeptos de políticas imaginativas (ou de fé, como quer Michael Oakeshott) parecem esquecer da escassez em tempos de abundância, e acreditam que a realidade se dobra às fantasias e aos desejos. E o desafio da aplicabilidade prática de tais políticas da imaginação que dizem que o mundo tem que ser tal e qual acontece quando o mundo mostra que simplesmente é, a realidade se impõe como aquilo que existe independentemente de nossos anseios e expectativas, e descobrimos que é necessário que nos adaptemos para não pereceremos.


Não existe resposta fácil sobre a pandemia que vivemos e a necessidade ou não de quarentena frente à possível recessão econômica.


Popularizou-se o ditado de que o coronavírus matará mais CNPJ que CPF, a dizer que mais empresas fecharão que pessoas sucumbirão aos seus efeitos, o que não deixa de ser uma forma utilitarista e fria de ver o mundo. Mas nem tanto, quando se observa a necessidade de preservar a Vida, mesmo com risco às vidas.


A verdade é que muitas pessoas já estão sofrendo no bolso os efeitos dessa crise epidemiológica, e digo isso a partir da leitura de estudos, notícias atuais e de experiência pessoal.


Pesquisa recente do Instituto Locomotiva e do Data Favela, que ouviu 1,14 mil pessoas em 226 comunidades, indica que já 70% das famílias sofrem financeiramente com a quarentena. E, enquanto boa parte se preocupa com a doença(66%), é muito maior a parcela dos que perdem o sono com a queda de sua renda (75%) (https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-03/covid-19-70-dos-moradores-de-favelas-tiveram-reducao-da-renda).


Ainda segundo a pesquisa, somente 19% dos entrevistados possui emprego formal com carteira assinada, e, embora 79% já tenha cortado gastos, 84% teve aumento de despesas com os filhos em casa em vez de estarem na escola.


Outros números que assustam são de que 72% não têm economias às quais recorrer e 86% terão dificuldades para comprar comida no prazo de até um mês se tiverem que ficar em casa. Do total, 32% acreditam que não conseguirão se sustentar para além de uma semana.


Na prática, já tive contato com pessoas que tiveram que fechar seus negócios e demitir um ou dois empregados de seu pequeno negócio. Restaurantes que fecharam as portas por prazo indeterminado e outros negócios pequenos e médios que já ameaçam quebrar.


Isso significa que para a população com menos condições econômicas permanecer sem trabalhar é mais preocupante do que contrair eventual moléstia.


Quais a alternativas?


Em 25 de março os EUA anunciaram um acordo federal de US$ 2 trilhões para diminuir os efeitos da pandemia, equivalente a 9,3% do PIB do país em 2019. Algumas coisas previstas pelo pacote são a remuneração direta aos trabalhadores americanos, ampliação de seguro-desemprego e benefícios fiscais e financiamento a empresas (https://www.washingtonpost.com/business/2020/03/25/trump-senate-coronavirus-economic-stimulus-2-trillion/). Lembrando que o PIB brasileiro foi de R$ 7,3 trilhões em 2019, ou seja, todo nosso PIB anual é inferior a 9% do de lá.


É uma medida paliativa, considerando que os EUA foram inundados de pedidos de seguro desemprego em razão do lockdown causado pela doença. Lembrando que lá não se falou em tomar dinheiro de servidores públicos, de cortar empregos, suspender contratos de trabalho ou sonegar direitos de empresários. Pelo contrário, é um estímulo à economia, não um prego no caixão dela.


Algumas empresas espontaneamente estão pagando seus empregados para ficarem em casa, mesmo de portas fechadas, e também trabalhadores domésticos em alguns casos estão recebendo do mesmo modo. 


Recentemente foi editada no Brasil Medida Provisória que, dentre seus pontos, prevê teletrabalho, regime especial de compensação de horas, suspensão e antecipação de férias, concessão de férias coletivas, antecipação de feriados e adiamento no recolhimento de FGTS. A mesma norma previa também a possibilidade de suspensão dos contratos de trabalho por 4 meses, mas foi extirpada posteriormente pela Presidência da República.


Algumas propostas de políticos mais radicais no Brasil são no sentido de que o poder público pague um salário mínimo para que as pessoas fiquem em casa, sem estipular prazo, e a possibilidade do corte entre 20% e 50% do salário pago aos servidores, alegando demagogicamente que esse dinheiro seria usado no combate à pandemia de COVID-19.


É aqui que entra a necessidade de entender a escassez de recursos, a economia e a “ditadura das pessoas do bem”.


O dinheiro é um bem muito escasso e por isso ele tem valor, como foi explicado. Mas para gerar riqueza é preciso que ele circule. Se entre dez pessoas apenas uma detiver todo o dinheiro e não utilizá-lo, ou seja, não colocá-lo em circulação, então a riqueza estará toda concentrada em sua mão.


O estado está para a iniciativa privada como a lua está para o sol. Evidente, não? A lua haure seu brilho do astro solar, que é quem possui luz própria. Da mesma forma, seguindo um rudimento do que é o contrato social, o estado pega o dinheiro/riqueza daqueles que vivem sob seus domínios, que são os contribuintes, e o utiliza para organizar o país, como por exemplo ao criar a manter ruas e estradas, sistema de saúde e educacional, segurança e distribuir justiça.


O estado não produz riqueza, ele  tem a obrigação de viabilizar um ambiente seguro para que o particular o faça. A função, grosso modo, do poder público é garantir uma vida social pacífica e permitir o crescimento e desenvolvimento da população.


Em uma democracia, essa mesma população é quem escolhe seus representantes para que, no meio do povo, saiam políticos aptos (ou nem tanto) a gerir esses interesses. Não vamos aqui debater vícios, como promessas não cumpridas, corrupção, curral eleitoral, disseminação de falsas informações e quejandos. O essencial é que a população escolhe quem vai gerir esse patrimônio que é tomado de todos e deve voltar em forma de benefício também para todos.


A exceção são os regimes ditatoriais que, ou detêm todos os meios de produção, ou entram em conluio com grandes empresários, ou exploram a população como escravos. Cuba, por exemplo, cogitou legalizar pequenas e médias empresas apenas em 2016. Lá, o dono de uma academia faturava por dia fantásticos R$ 40,00, dos quais tinha que pagar R$ 17,00 em aluguel e taxas governamentais (https://www.otempo.com.br/mundo/cuba-legaliza-as-medias-e-as-pequenas-empresas-1.1305583).


Mas a regra no mundo civilizado é o livre comércio e uma economia com menor intervenção estatal.


Se o estado não produz riqueza, é o dinheiro da população que ele toma que financia seus programas. Desse modo, não será o estado a pagar a população para que fique em casa, e sim o contribuinte. Só que esse mesmo contribuinte também ficará em casa. De onde virá a renda?


É um raciocínio bastante básico. João ganha R$ 100,00 por mês, dos quais o governo fica com R$ 40,00. Mesmo assim ele consegue fazer uma poupança de R$ 80,00. O problema é que João é obrigado a parar de trabalhar, mas o governo não parou de pegar os R$ 40,00 por mês dele, de forma que, além das despesas de sua sobrevivência, João ainda precisa pagar o estado para que ele, poder público, continue a fazer seus programas sociais. Até onde João resistirá?


A lógica é uma só: se riqueza não está sendo produzida e está sendo apenas tomada, uma hora ela acaba. É como todo dia você tirar um ovo de um cesto sem repor, em algum momento o cesto ficará vazio.


A alternativa é sobretaxar a população ainda produtiva e cortar salários de funcionários públicos para financiar mais programas sociais, mas nada se fala em encerrar mordomias dos poderes, como plano de saúde ilimitado, incluindo a família, motoristas, carros novos, viagens de primeira classe, carro e segurança para ex-presidentes (inclusive que sofreram impeachment), uma enormidade de comissionados indicados sem concurso e de se destinar os bilhões do fundo eleitoral para essa mesma medida.


É preciso realmente muita reflexão para tentar entender um país no qual seus políticos priorizam tirar o salário de quem trabalha e oprimir ainda mais quem gera renda em vez de cortar excessos e mordomias totalmente em descompasso com a realidade.


De todo modo, muitos ainda apoiam as medidas de suprimir direitos fundamentais alheios para financiar políticas imaginativas, sob uma falsa aura de bondade. É curioso o ódio que o sucesso fomenta nesse país, estimulando um discurso virulento contra quem investe, se arrisca, estuda e se dedica.


Segundo essa ideologia, quem trabalha mais e mais retorno recebe do seu trabalho tem o dever se ser espoliado desse fruto para que seja dividido. É o que se pode chamar de solidariedade obrigatória, em que o cidadão é coagido, às vezes até com risco de processo criminal, a entregar seu patrimônio para financiar as políticas imaginativas de um mundo perfeito.


O problema é que uma hora os ovos da cesta acabam se todo mundo tirar um e não tiver ninguém para afastar a raposa, alimentar a galinha e recolhê-los no ninho.


Também há proposta de que não se pague impostos durante a pandemia, nem as contas de água, energia elétrica e gás. Bom, como foi explicado, para que o estado financie projetos sociais é preciso que ele pegue dinheiro de quem produz riqueza. Se impostos não forem pagos, como isso será feito? Da mesma forma, as empresas prestadoras de serviços essenciais possuem compromissos e empregados para pagar. Se não receberem pelo serviço prestado, como pagarão aos seus empregados? Devem demiti-los?


Outro ponto a ser observado é: para onde vai todo esse dinheiro, já tendo político comentando que seria pelo menos R$ 400 bilhões? Esse dinheiro será circulado no Brasil ou será usado para comprar produtos de outros países? Esse dinheiro será escoado na burocracia e/ou na corrupção, bastante comum em nosso país? Por que há essa sanha em arrecadar uma verba, que sequer ainda possui destinação, de trabalhadores sem que se cortem as mordomias do alto escalão e se enxugue a máquina pública?


Quanto a isso, se o dinheiro realmente não circular no país, seja porque foi usado para comprar produtos estrangeiros, seja porque acumulado pela corrupção aqui ou no estrangeiro, haverá uma clara diminuição da riqueza nacional e aumento da miséria.


As classes menos favorecidas possuem um vínculo muito maior com a realidade e até por isso muito maior resiliência à frustração. Não à toa a orientação que se tem dado aos recursos humanos de algumas empresas é que prefiram candidatos vindos dessa fatia do que das classes mais favorecidas, menos capazes de lidar com a frustração, porque sempre tiveram acesso a tudo sem esforço, logo, menos conectados o fato de que para se obter algo é preciso trabalhar por isso.


Quando o seu cotidiano está ligado diretamente à necessidade de sobrevivência, quando você tem que pensar que, se não trabalhar, não terá como comer, pagar a luz ou a água, sua mentalidade fica mais prática e menos propensa a pensar que o mundo poderia ser como o (pesadelo) descrito na música “Imagine”.


Não existe resposta simples ou cartesiana para problemas complexos. A mentalidade mágica, que não raro trata os outros seres humanos como objetos responsáveis por financiar suas loucuras, tende a dar respostas rasas e simplórias como a equivocadamente atribuída a Maria Antonieta: “se os pobres não têm pão, que comam brioches”.


É impossível gerar riqueza sem trabalho e sem circulação de dinheiro, bens e serviços. Tomar o dinheiro de quem tem para distribuir não é a solução efetiva para nada, muito menos para um cenário de crise.


A proposta norte-americana como forma de socorro é temporária e tem por objetivo injetar mais dinheiro na economia, além de lidar com o número alarmante de desempregados que perderam empregos formais. No Brasil, diferentemente, boa parte dos empregos e das atividades se dá na informalidade. O resultado, portanto, é desastroso para o equilíbrio do mercado. Sem considerar ainda que aqui circula muito menos dinheiro que em outros países, sendo impossível uma comparação absoluta entre números.


Urge gerar riqueza e, quem ainda puder, consumo. A necessidade de quarentena precisa ser sempre avaliada para sopesar as vantagens e desvantagens, a fim de que a dose do remédio não mate o doente.


Olhar apenas do ponto de vista de uma única área do conhecimento, seja a de saúde, seja a de economia, é ter uma visão distorcida do cenário e, consequentemente, apresentar propostas inadequadas.


É necessária uma visão que albergue todos os fatos, de medicina, de economia, de sociologia, das áreas necessárias para entender quais as soluções viáveis e quais as propostas capazes de causar menos dano.


Sim, é preciso falar em menos dano porque tudo será impactado. A pandemia já vem na onda de uma possível recessão econômica e é uma excelente oportunidade para revisar muitas das práticas políticas e do mercado. Por exemplo, um país que pagava em 2014, ou seja, há seis anos, a garçons do Senado Federal até R$ 15 mil por mês, e paga 10% disso a enfermeiros concursados, precisa urgentemente analisar suas prioridades, notadamente porque são várias as dissonâncias que inclusive desobedecem a Constituição Federal ao determinar que a remuneração se dá pela complexidade das atividades (https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/04/24/garcons-do-senado-recebem-salario-de-ate-r-15-mil.htm).


A escolha de encerrar ou não a quarentena é tétrica. Há profissionais que podem seguir fazendo home office, enquanto há aqueles que precisam ganhar o seu “de comer” diariamente. Enquanto minha posição é cômoda por ser viável realizar minhas tarefas por teletrabalho, o quanto é justo impor a mesma medida a quem arrisca passar fome?


É uma oportunidade de ponderar de que forma as políticas imaginativas, no afã de satisfazer suas ideologias fantásticas e que tratam seres humanos como peças em um tabuleiro, podem ser ditatoriais e opressoras. Obrigar seres humanos a agir dessa ou daquela forma para atender ao interesse de poucos fere no âmago a matriz kantiana de dignidade individual enquanto fim em si mesmo.


A escolha  ser feita pelo governante nesse cenário de pandemia é dificílima e trágica e se engana quem quer dar uma resposta simples, embora as redes sociais pululem de especialistas que dizem isso ou aquilo e estão muito preparados para dispôr do patrimônio, da saúde e existência alheios para concretizar suas ideologias. Ou seja, os outros que se sacrifiquem para satisfazer meus desejos.


Aliás, se é possível dar um conselho, é o de sempre desconfiar das pessoas que se consideram boas e virtuosas e estão muito certas e cheias de regras sobre o modo como as outras pessoas devem viver suas vidas . O que diferencia quem faz isso de um ditador norte-coreano é apenas a escala e o acesso ao poder.


De Winston Churchill, durante a Segunda Guerra Mundial, podemos extrair duas passagens que ilustram bem o peso da escolha.


O primeiro deles, quando resistiu ao assédio para que o Reino Unido celebrasse um acordo com a Alemanha nazista, decidindo por manter-se em guerra, apesar de toda a pressão e o risco à vida dos ingleses. Ouviu o povo que preferia lutar, e não um punhado de políticos.


O segundo foi quanto à decisão de invadir a Normandia, dominada pelos nazistas, com todos os custos humanos que isso poderia significar. Na noite anterior à Operação Overlord ou Dia-D, Churchill teria dito à sua mulher: “Você se dá conta que na hora que você acordar pela manhã 20 mil homens poderão ter morrido?” (https://winstonchurchill.org/publications/finest-hour/finest-hour-122/churchill-and-d-day/).


Há, ainda, uma teoria de que o governo norte-americano sabia do ataque japonês a Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, que causou mais de dois mil mortos, e mesmo assim teria deixado que acontecesse para que os EUA decidissem finalmente entrar na guerra contra o Eixo (https://en.wikipedia.org/wiki/Pearl_Harbor_advance-knowledge_conspiracy_theory). 


A luta contra a pandemia é uma guerra contra um inimigo invisível e as escolhas são tão complexas quanto seu equivalente com tanques e soldados. Não existem decisões não trágicas, que não impliquem perda de alguma natureza. A questão é analisar racionalmente, sem fantasias, sem desejos, sem “ódio do bem”, sem oportunismos, quais os possíveis cenários e assumir posições a cada instante, dado o dinamismo da doença.


O que o Brasil precisa é de união e compreensão, menos gente dizendo como cada um deve viver sua vida. O consumo não pode parar, de preferência por produtos nacionais, para que a riqueza circule aqui. O estado pesar a mão sobre quem ainda tem recursos, empresários, empregados e servidores públicos, para arrecadar dinheiro para seus projetos sociais, ou sabe-se lá para quais finalidades, é uma solução que levará a menos circulação de dinheiro, mais miséria, mais desemprego, mais desabastecimento e acelerará o cenário de depressão.


Quem diz ter a resposta sobre se a quarentena deve ou não cessar e todas as consequências daí advindas ou é oportunista, ou delira. Cuidado com as pessoas muito seguras de si, que arrotam virtudes e alardeiam trabalhar pelo bem comum. Uma árvore se conhece pelos frutos e a segurança sempre está nos fatos. Cuidado ao ceder a decisão sobre sua liberdade e seu patrimônio para esses profetas da retórica iluminista da política como salvação, porque cada metro que se entrega sorrindo só é reconquistado depois milímetro a milímetro com sangue, suor e lágrimas. 


O coronavírus está e permanecerá presente, mas a quarentena cessará em algum momento, de forma gradual, para quem pode e se for bem planejada, ou abrupta, quando estiver no limite do desespero, e caberá aos brasileiros que efetivamente amam o seu país reconstruir o Brasil, tirando desse momento tantas lições quanto possíveis, inclusive a oportunidade de colocarmos a nação nos eixos.