Poesias
estranha
entorpecido
o ar segue lento
e descompassado
como larvas de vidro
sobre a pele
descamada
o que mais quero
é não querer
esta doce mordida
de esfinge:
os seios de rocha
os lábios cobertos
de areia
os olhos
ferozes turquesas
ser devorado ou
parricida:
tomo a terceira via:
seu gosto amargo
no fundo da minha
garganta
seu corpo que cheira
a vazio